CAMINHOS DE PAPEL

terça-feira, maio 03, 2005

A FENIX QUER VOAR

Quando a Orquestra Sinfonia Cultura foi extinta, em dezembro, pela Fundação Padre Anchieta, o clamor foi generalizado. A classe musical protestou veementemente, mais de dez mil assinaturas foram enviadas àquele orgão, porém o fato consumou-se.
Em janeiro, já desvinculada da Fundação, a orquestra fez uma apresentação de agradecimento ao público que lhe foi fiel nos cinco anos em que se apresentou no auditório do SESC Belenzinho, superlotando aquele local. Até onde sei, foi a primeira fez que uma orquestra foi aplaudida de pé, antes do espetáculo, à sua entrada ao palco.
Mas não foi a última. Graças ao mesmo SESC, que lhe dará apoio até o mês de julho, a orquestra, agora sob o nome de Sinfonia São Paulo, reapresentou-se no mesmo local e novamente foi aplaudida de pé quando da entrada ao palco, pelo mesmo público que entende não poder deixar se dissipar no ar o esforço de ótimos músicos conduzidos por Lutero Rodrigues. Ao contrário do que se pensa nos corredores e gabinetes do poder, existe, sim, público para tal tipo de espetáculo, mesmo (ainda que isto soe como preconceito), na Zona Leste de São Paulo, carente não só de cultura, mas de muitas outras coisas.
No entanto, essa sobrevida se estenderá apenas até a metade do ano. Daí para a frente, sua existência ficará na dependência de se encontrar patrocínio.
Quanto a apresentação em si, Lutero Rodrigues conduziu a Sinfonia Cultura com toda a arte que possui levando a um público emocionado, Brahms, nas Danças Húngaras nºs. 1, 3 e 10, além do Concerto nº 1 para piano e orquestra.
O domingo já estava completo.


1 Comentários:

  • Às 8:00 AM , Blogger Tânia disse...

    Eu gosto de música erudita...
    Parabéns pelo texto.
    Abraços, Tânia Carmonario

     

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