CAMINHOS DE PAPEL

segunda-feira, março 13, 2006

ENROLATION

Peço vênia (afff, que coisa linda) a meus colegas para não postar minha crônica hoje. Não que eu seja preguiçoso, o que não estaria muito longe da verdade. O fato é que hoje foi um dia de cão. Há muitos dias vem acontecendo isso e nem aqui no blog andei postando coisa que valesse a pena (o que não chega a ser novidade). Não tive tempo para assentar a bunda na minha Giroflex e tentar escrever qualquer coisa do cotidiano. E olhem que o cotidiano de hoje (ótima também), foi do cacete. Problemas mil e soluções nem tanto, me infernizaram o dia.
Ente uma garfada e outra do almoço também corrido, dei uma rapidinha (calminha aí) no jornal de ontem, misturado com a edição televisiva do noticiário global e ví deputados sorridentes (todo canalha sorri) e abençoados pelo plenário que os homizia. Vi também a cara apalermada e assustada dos jovens soldados tentando conter a revolta da população dos morros da Rosinha (enquanto um coronel aparecia num rompante de ousadia e devidamente escudado por colete à prova de balas, disparando seu fuzil FAL para o alto). Seguiram-se fatos e fotos dos Okamoto e Valério da vida mas, vamos lá, meu estômago não é de ferro.
Nem vi pela TV meu time perder. Dispenso comentários.
Não sei e nem tive tempo de me preocupar com meu sapo de estimação desaparecido há cinco dias.
Procurei, acreditem, abrir uma brecha em busca de meu tempo perdido para escrever qualquer porra que fosse. Além da problemática do tempo, não encontrei solucionática para a questão. Nada, nada, nada me inspirava. Crise de criatividade, concluí. Afinal, se os gênios têm dessas frescuras, por que não eu, reles mortal que jamais tomará chá na Academia? Tem nada, não. Prefiro mesmo é uma loura gelada.
São vinte e uma horas de uma segunda-feira. Perguntarão os incréus: aposentado pensa em tempo?
Catso, SÓ pensa em tempo, ou acharão vocês que nesta idade, as paginas da folhinha não caem mais depressa? É uma fase outonal e o tempo é relativamente curto para o inverno. Ou faço agora o que tenho de fazer ou danei-me, mesmo poque não acredito em vida depois da morte. Aliás, às vezes, nem acredito que exista antes da morte.
Mas isso não dará azo para uma crônica, pelo menos com tempo para reflexões que essa digna atividade exige.
Com essa lenga-lenga toda, o que se conclui? Que estou enrolando, é lógico. Não é minha intenção de tirar uma com a cara de vocês, mas sim ajoelhar-me diante do confessionário e purgar meus pecados. Se vou ser perdoado, sabe-se lá. Pior ainda se for um padre Almodovariano.
Recebam todos vocês um amplexo caloroso, um beijo de gratidão e um bai-bai bem cansado.
No mais, a gente se vê outro dia.

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