ACERTO DE CONTAS
Então ficamos assim:
o dito pelo não dito,
e o feito, agora desfeito.
A dor, essa não conta,
apronta a qualquer momento,
num tormento meio sem jeito,
cria um destino que afronta,
numa ponta de despeito
feito de um caso ao vento.
Então acertamos assim:
amor por indiferença,
sem licença ou perdão, enfim,
e a ternura imaginada sem fim,
para mim esgotada na essência,
para você, resgate da solidão
de uma paixão que era apenas um mito
e um grito solto na escuridão.
Então fechamos assim:
quero meu Neruda de volta,
fique com a Elis atrás da porta.
A mim, só coisas em desuso,
abuso da posse perdida
e um acerto chegando ao fim,
num pedaço esquecido da vida.
o dito pelo não dito,
e o feito, agora desfeito.
A dor, essa não conta,
apronta a qualquer momento,
num tormento meio sem jeito,
cria um destino que afronta,
numa ponta de despeito
feito de um caso ao vento.
Então acertamos assim:
amor por indiferença,
sem licença ou perdão, enfim,
e a ternura imaginada sem fim,
para mim esgotada na essência,
para você, resgate da solidão
de uma paixão que era apenas um mito
e um grito solto na escuridão.
Então fechamos assim:
quero meu Neruda de volta,
fique com a Elis atrás da porta.
A mim, só coisas em desuso,
abuso da posse perdida
e um acerto chegando ao fim,
num pedaço esquecido da vida.
Este poeminha foi selecionado para fazer parte do livro editado pela Universidade Federal de São João del-Rei, no concurso promovido por ela.
agosto de 2006
1 Comentários:
Às 11:15 AM ,
Anônimo disse...
Muito bacana, querido!!!!
Adoreeeeeeei isso: Então fechamos assim:
quero meu Neruda de volta,
fique com a Elis atrás da porta.
beijos
MM
Ps: leia se puder o texto do botter no www.blonicas.zip.net com o título "quem vota nulo vota Lulo"
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