CAMINHOS DE PAPEL

quinta-feira, outubro 18, 2007

LUGAR-COMUM

Sou um cabeça dura assumido. Vira e mexe, caio nos lugares-comuns mais comuns que existem. Se quero, por exemplo, elogiar alguém ou algum fato, entro de propósito nos chavões só para chatear (não o elogiado, mas os outros).
Então, aqui estou eu com minha teimosia debaixo do braço. Vou cair novamente no lugar-comum e dizer que, ontem, aconteceu a chamada noite ganha ao ir assistir a uma apresentação da cantora Suzana Salles no auditório do Memorial da América Latina. De fato, quem vai assistir a um espetáculo seu não perde a viagem. Não perderam aquelas apenas 50, 60 pessoas que compareceram ao auditório do Memorial. Caindo de novo no lugar-comum, o que vale é a qualidade e não a quantidade. Cada um dos presentes sabia o que procurava e o que encontraria. E encontramos qualidade de altíssimo nível. Suzana Salles e Arthur Nestrovski dispensam comentários. O repertório escolhido também foi ótimo; viajamos de Lamartine Babo a Chico Buarque, passando por Dominguinhos, Paulinho da Viola, Ira Gershiwin, Franz Schubert e até mesmo por um poema de Gregório de Matos musicado por Zé Miguel Wisnik. Ah, ia me esquecendo de Luiz Tatit, com sua genial As sílabas e a não menos primorosa A companheira, música que também tive o privilégio de ver e ouvir no sábado anterior, no Auditório Ibirapuera, com Zélia Duncan. É sorte demais para um vivente como eu. Parabéns a ambos. E para quem não foi, lamento, crianças, mas já para o castigo: ajoelhar no milho.

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