CAMINHOS DE PAPEL

segunda-feira, outubro 16, 2006

CONCURSO LITERÁRIO - RESULTADOS

Estes são os premiados no VI Concurso Literário "Cleber Onias Guimarães" e
V Concurso Literário Pequeno Escritor, eventos criados pelo Conselho Comunitário de São Paulo, em sua versão ano 2006.

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CATEGORIA ADULTO

CRÔNICAS – SÃO PAULO (CAPITAL)
1º - Sócrates Simões Ramos

CRÔNICAS – BRASIL
1º - Iná de Fátima A.Siqueira (Baependi – MG)
2º - Carlos Antonio V. Do Carmo (Salvador – BA)

CONTOS – SÃO PAULO
1º - Renata Paccola
2º - Izilda Alves de Oliveira
3º - Rosana dos Santos F. Rocha

CONTOS - BRASIL
1º - Caio Flávio de Oliveira (São Gabriel – RS)
2º - Weyden Cunha e Silva Filho (Teresina – PI)
3º - Nelson Virgílio de Carvalho (Brasília – DF)

POESIA - SÃO PAULO (CAPITAL)
1º - Fernanda Temple Lopes
2º - Rodney Morais Fajardo
3º - Frances de Azevedo

POESIA - BRASIL
1º - Ana Maria F. Guimarães (São José do Rio Preto – SP)
2º - Maria Fernandez Iglesias (Mogi das Cruzes – SP)
3º - Regina de Fátima Romacho (Atibaia – SP)

CATEGORIA JUVENIL

POESIA - SÃO PAULO (CAPITAL)
1º - Helena Jobe Satcun
2º - Ana Carolina Ogeda
3º - Juliana Diniz Bernardo

POESIA - BRASIL
1º - Marina de Souza R. Ferreira (Quatro Barras - PR)
2º - Josemar dos Santos Ferreira (Recife – PE)
3º - Mirella Griminelli S. Maciel (Fortaleza – CE)

CATEGORIA INFANTIL
(SOMENTE ESTUDANTES DE SÃO PAULO – CAPITAL)

POESIA
1º - Amanda de Cássia Ataíde Dias
2º - Larissa Teixeira Zelli
3º - Leonardo Vidouto Santander

PROSA
1º - Geovana Leonetti Saraiva
2º - Vivian Gama Vidal dos Santos
3º - Tainá Caroline dos Santos Moreira

quinta-feira, outubro 05, 2006

A MARCHA DOS PALHAÇOS

ELIO GASPARI (Folha de São Paulo, 04/10/06)


Lula se candidatou ao lugar de coordenador da campanha eleitoral de Geraldo Alckmin NA SEGUNDA-FEIRA, com aquelas olheiras que só a adversidade eleitoral produz, "nosso guia" se candidatou ao lugar de coordenador da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Fez isso quando tratou do dossiê Vedoin e disse o seguinte: "Eu quero saber quem arquitetou essa obra de engenharia para atirar no próprio pé". Quer? Pergunte a Ricardo Berzoini e a Aloizio Mercadante. Eles podem ajudar.Ao tratar de um crime como curiosidade, Lula assumiu a condição de padrinho dos malfeitores petistas, aloprados e trambiqueiros. Padrinho no sentido da figura de Don Corleone/Marlon Brando.Não há nenhuma prova, indício ou pista de que haja bico tucano na construção do papelório. Há apenas um raciocínio lógico: se os tucanos foram favorecidos pelo episódio, há dedo deles na produção. Coisa assim: a invasão da Rússia por Hitler permitiu que Stálin consolidasse a sua tirania, donde, Hitler foi uma jogada de Stálin.Admita-se que o raciocínio de Lula está certo. No início de setembro, um tucano teve uma idéia: vamos pedir ao Vedoin que faça um dossiê contra o Serra, ele o vende ao PT, nós flagramos os compradores, fotografamos o ervanário e botamos o escândalo na imprensa. Um petista aloprado come a isca, compra-se o caso, acerta-se a publicação da denúncia, combina-se o pagamento e vai-se a um hotel buscar mais uns docinhos. Nisso reserva-se R$ 1,7 milhão, em grana viva, para os chantagistas.Se isso fosse verdade, o presidente de honra do PT teria razão ao chiar. O da República não é pago para tumultuar inquéritos. Os petistas que negociaram com um delinqüente cometeram uma contravenção ao trocar denúncia por dinheiro e um crime e ao remunerar bandidos. Transgrediram as leis da República. Respeitaram apenas a regra do silêncio de Don Corleone.Diante de um crime, o presidente da República não pode agir como advogado de porta de xadrez. (Será que em 1954 os capangas de Gregório Fortunato foram pagos por Carlos Lacerda para atirar no major Rubens Vaz?)Em São Paulo e no Rio, houve zonas eleitorais onde madames grisalhas, elegantes e gentis distribuíam narizes de palhaço. (Senhoras parecidas com aquelas que fizeram a Marcha da Família em 1964.) O sujeito ganhava uma bolinha vermelha e ia para a seção eleitoral. No comércio, a bolota de plástico custa R$ 2,50 e a de esponja sai por R$ 3, crime eleitoral explícito, mas isso fica para depois. Contra quem esse feliz palhaço protesta? Paulo Maluf? João Paulo Cunha? Clodovil? Lula?O calor que o senador Eduardo Suplicy tomou de Guilherme Afif Domingos mostra que se quebrou a associação da decência ao PT. Se são todos iguais, Lula é igual a Maluf e Fernando Collor. Exagero? Ouça-se Maluf: "Tenho plena consciência de que o presidente Lula é um homem limpo e correto". E Lula: "Collor poderá, se quiser, fazer um trabalho excepcional no Senado".Lula e o PT associaram-se a práticas indecentes. Fizeram isso porque quiseram. A mistura custou o resultado de domingo.A Justiça Eleitoral precisa estar cega para permitir a distribuição de prendas na área onde é proibido repassar santinhos de candidatos. Mesmo assim, o palhaço sempre poderá votar com um nariz que trouxe de casa. Ou Lula pára de dizer monstruosidades ou verá a marcha dos palhaços.